Sob um jardim morto
Sua alma torcida e endurecida
Se contorcendo e debatendo
Lágrimas de crocodilo tão sublimes
Uma performance de uma vida inteira

Falsa pomba ferida
Coração tão frio quanto a Lua acima
Alimentando-me com mentiras
Para se aproveitar da bondade dos outros
Envenenando amigos e amantes

Afundando em uma casca de autopiedade
Sugando a força vital, deixando marcas permanentes
Com garras que me arrastarão para o inferno
Engolido em seu poço de energia
Floresça na loucura para colher a tristeza
De todos sob seu feitiço

Enredado em teias de manipulação
Corrupto

Falsa pomba ferida
Coração frio como a Lua acima
Alimentando-me com mentiras
Para se aproveitar da bondade dos outros
Envenenando amigos e amantes

Leve tudo o que resta de nós
Marcado para a morte, consolo
Rompendo os laços
Obscurecendo a verdade em sua fachada
Regozijando-se nos aplausos

Sozinho neste mundo
Nada para preencher aquele buraco na sua autoestima
Oco, faminto por afeto
Afunde-se em sua reflexão
Sem lar, sem retorno
Apodrecendo, você perdeu o controle
Não há resposta
Tristeza, lançando a primeira pedra
Engolido pelo desconhecido
Agora posso finalmente ver que seu coração está vazio

Árvore do conhecimento
Suportando o peso do mundo
Aprendemos a esquecer
Enquanto queimamos e lamentamos
Neste ciclo interminável de vida e morte
Sou uma alma negada
Procurando um lugar para morrer

Ainda águas se tornam fétidas
Estagnação leva à decadência
Os deuses sem graça
Apodrecidos até o âmago
Devorando uns aos outros
Para sempre

Aprendemos a esquecer
Enquanto queimamos e lamentamos
Neste ciclo interminável de vida e morte
Somos as almas negadas
Procurando um lugar para morrer
(Lugar para morrer)