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A história do jazz: tudo sobre este icônico estilo musical

Tão bom quanto ouvir jazz é saber de onde vem esse gênero que movimenta gerações. Portanto, a história do jazz, sua importância para a música e até o movimento no Brasil são alguns detalhes que você poderá acompanhar ao longo deste artigo!

Louis Armstrong tocando trompete
Louis Armstrong, o rei do jazz, peça-chave da história do gênero musical (Foto/Reprodução/Internet)

Além disso, vamos esclarecer uma polêmica aqui, já que tem muita gente que confunde jazz com blues. Mas, antes de tudo, daremos o start nessa jornada pelo princípio do gênero. Então, pronto para conhecer melhor a história do jazz?

Afinal, como surgiu o jazz?

Primeiramente, saiba que a cultura africana e sua mescla de ritmos influenciou diretamente a criação do jazz. Na época da escravatura nos Estados Unidos, a música era a forma que o povo africano tinha de se expressar. Após o fim desse período no país norte-americano, em 1865, os instrumentos ocidentais foram se mesclando a ritmos oriundos da África.

Mas foi em 1890, na cidade de Nova Orleans, que o bairro Storyville levou os holofotes da inovação para o jazz. Em outras palavras, as influências estadunidenses e europeias se misturavam nos clássicos bares honky-tonks. Assim, a origem do jazz brilhou e veio com força no mundo da música.

Os tipos de jazz

Ok, agora que você já tem noção de como se iniciou a história do jazz, é hora de aprofundar o nosso passeio por este estilo musical lendário. Os primeiros ritmos que surgiram por volta de 1890 foram ragtime, blues e spirituals.

Mas não se engane pensando que qualquer um fazia jazz. Improviso, mistura sonora e experimentação são os ingredientes principais para fazer um bom e original jazz. Além disso, há também o característico uso da “blue note”, nota que representa, de fato, a sensação de melancolia das canções.

Com isso, conheça os principais subgêneros do jazz:

Swing

Imagine uma galera que toca e canta muito em cima de um palco em plenos anos 30. Pronto, aí estão as big bands, que propagaram o swing! A partir daí, surgiram grandes ícones mundiais do jazz, como Count Basie, Ella Fitzgerald (inspiração para Amy Winehouse) e o gênio Louis Armstrong, o “rei do jazz”.

Bebop e hard bop

Você é radical? Porque esses estilos trazem sonoridades rápidas e com acordes que podem fazer até os especialistas temerem tocar. O bebop chegou com tudo na década de 40, como um upgrade para o jazz. Em seguida, nos anos 50, o hard bop veio como uma evolução do bebop.

Na lista de gente importante desses ritmos temos Bill Evans, Cannonball Adderley, Dizzy Gillespie, entre outros. Sente só a vibe de Dona Lee, clássico de Charlie Parker:

Soul jazz

Originado a partir do hard bop, o soul jazz é marcado pelos trios de órgão, saxofone e bateria. Esse subgênero também lembra o blues (que será melhor abordado mais adiante). Representantes marcantes do soul jazz são James Carter, Les McCann e Jimmy Smith. Abaixo, você confere The In Crowd, um dos maiores hits do soul jazz, de Ramsey Lewis.

Cool jazz

No cool jazz, principalmente, temos grande expressão de melancolia, retratada em canções longas e lentas. O mestre Miles Davis é o maior nome desse subgênero. Ademais, outros artistas importantes para o estilo são Chet Baker, Gerry Mulligan e Dave Brubeck.

Free jazz

Os anos 50 foram bem inovadores para a história do jazz. No finalzinho dessa década, nasceu o free jazz. Como o próprio nome diz, ele traz a vibe livre, experimental e sem compromisso algum com a métrica rítmica. Parece loucura, mas soava de um jeito literalmente único. Um dos grandes nomes do free jazz é o músico John Coltrane.

Jazz fusion

Já pensou em juntar rock com jazz? Porque essa foi justamente a ideia nos anos 60. Assim, surgiu o jazz fusion. Ele mistura ritmos e une amantes de um, dois ou mais gêneros. Grandes nomes do jazz fusion são Tom Coster, Herbie Hancock, Frank Zappa e Mahavishnu Orchestra.

Jazz latino

Salsa, tango, samba, bossa nova… Coloca tudo isso num pote de jazz e mistura: está aí o jazz latino! Ele é dividido em duas categorias: afro-cuban jazz (baseado na música popular de Cuba) e afro-brazilian jazz (com referências dos ritmos brasileiros). Stan Getz, Tom Jobim e Buena Vista Social Club são grandes propagadores do jazz latino.

E o jazz no Brasil?

A história do jazz no nosso país esteve bem próxima ao que se fez nos Estados Unidos. Em resumo, aqui se “imitavam” os norte-americanos com as jazz bands. Contudo, claro, o nosso jeitinho é criativo, e, na década de 50, nasce a originalíssima bossa nova.

Ela trazia em si características parecidas com as do jazz, como o improviso e a liberdade. Portanto, muito se relacionam as trajetórias desses estilos musicais. Em suma, grandes nomes nacionais que se destacaram no jazz foram João Gilberto, Raul de Souza, Rio Jazz Orquestra, entre outros.

As diferenças entre jazz e blues

Realmente, os dois estilos têm várias semelhanças, e muita gente acha até que eles são a mesma coisa. De fato, ambos nasceram nos Estados Unidos, oriundos da escravidão dos povos africanos. Entretanto, tanto o jazz quanto o blues possuem suas particularidades.

Além disso, a utilização de solos, improvisações e dependência da criatividade são abundantes. Para complicar tais definições, os dois estilos foram se mesclando em meio às culturas e ganhando subgêneros. Apesar de sempre muito próximos, não, definitivamente jazz e blues não são a mesma coisa.

Primeiramente, o foco do jazz é mais na oscilação das notas e harmonias e na presença de instrumentos de sopro. Enquanto isso, no blues, a parte lírica e progressões “fechadas”, focadas na guitarra, se destacam.

Agora, compartilhe tudo o que aprendeu sobre a história do jazz!

Você já sabe como o jazz surgiu, conheceu os principais tipos de jazz, deu uma olhada na história do gênero no Brasil e sabe diferenciá-lo do blues. Portanto, só falta mandar todo esse aprendizado para a galera que também vai curtir o assunto!

Por fim, fechando com chave de ouro, fique com o “rei do jazz”, Louis Armstrong, cantando a belíssima What a Wonderful World.

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