Pilares fundamentais na construção da identidade sonora do lendário Madman, os guitarristas de Ozzy Osbourne são mais do que meros músicos de apoio. Com estilos distintos, técnicas inovadoras e influências diversas, cada um deixou uma marca indelével na identidade musical do Príncipe das Trevas.

Do brilhantismo de Randy Rhoads à energia explosiva de Zakk Wylde, a carreira de Ozzy revelou vários talentos musicais únicos. Cada um desses guitarristas contribuiu para a evolução sonora do rock e do metal, moldando não apenas o som das músicas, mas também a própria essência do que é ser um ícone do gênero.

Guitarristas que tocaram com Ozzy Osbourne

Neste artigo, mergulharemos nas trajetórias musicais, nos estilos e nas influências dos notáveis guitarristas de Ozzy Osbourne. Já te adiantamos que a lista é de peso! Bora lá?

Randy Rhoads

O californiano Randy Rhoads foi o primeiro guitarrista com quem Ozzy colaborou após sua saída do Black Sabbath. Ele já tinha uma carreira com a banda Quiet Riot.

Sem exageros, Rhoads redefiniu a técnica da guitarra do rock pesado, influenciado pelos estudos de música clássica e violão clássico . Dessa forma, a técnica de Randy trazia palhetadas precisas e rápidas, uso de diferentes escalas musicais e arpejos, em uma espécie de estilo neoclássico.

Outro aspecto marcante do estilo de Randy era o uso da alavanca para obter vibratos e harmônicos.

Como resultado, o impacto de Randy Rhoads não foi duradouro apenas no meio do rock/metal e da guitarra. O próprio Ozzy diz que Randy Rhoads foi o melhor guitarrista com quem trabalhou, explicando que ele era “o mais musicalmente treinado”.

Ele integrou a banda de 1979 a 1982, ano de sua repentina e trágica morte em um acidente aéreo. O encontro entre os dois rendeu duas obras primas do metal dos anos 80: “Blizzard of Ozz” (1980) e “Diary of a Madman” (1981), além do póstumo ao vivo “Tribute” (1987).

Brad Gillis

Substituir um músico como Randy Rhoads seria um desafio para qualquer guitarrista, mas após breve passagem de Bernie Tormé, que não deixou registros, foi a vez de Brad Gillis assumir a guitarra na banda de Ozzy.

Foi Gills que fez a maior parte da turnê de “Diary of a Madman”. Mesmo sendo um ótimo guitarrista, a frustração de Ozzy com a morte de Randy fez com que Gills não fosse valorizado. Assim, o músico acabou retornando para a banda de hard rock Night Ranger.

Brad Gills participou de apenas um álbum lançado por Ozzy: o ao vivo “Speak of the Devil” (1983).

Jake E. Lee

Jake E. Lee foi escolhido para integrar de vez a banda de Ozzy. Seu estilo é mais “direto”, utilizando mais cordas soltas em seus riffs, por exemplo.

Ao mesmo tempo, Jake explorou várias técnicas inovadoras, como a realização de bends pressionando as cordas no headstock ou forçando o braço do instrumento e o uso de “pestanas” para obter harmônicos mesclados com ligados.

Ele integrou a banda de 1982 a 1987 e esteve presente em dois álbuns de Ozzy: “Bark at the Moon” (1983) e “The Ultimate Sin” (1986).

Zakk Wylde

Nascido em New Jersey, Zakk Wylde é o guitarrista de Ozzy Osbourne com a parceria mais duradoura e prolífica com o Príncipe das Trevas.

Mesmo que, inicialmente, apresentasse um estilo visual até parecido com o de Randy Rhoads, seu estilo de tocar já era altamente particular desde seu primeiro disco com Ozzy.

Wylde ficou conhecido não apenas por uma técnica particularmente virtuosa, mas por seus clássicos vibratos exagerados e seus harmônicos artificiais, que foram realçados pelo uso de captadores ativos.

Além disso, ele tinha uma pegada mais agressiva, com riffs mais distorcidos, influenciados pelo blues e pelo southern rock. Todos esses atributos podem também ser ouvidos em sua carreira solo e na Black Label Society.

Wylde esteve integralmente na banda de Ozzy entre 1987 e 2009. Seu legado na banda inclui: “No Rest For The Wicked” (1988), “No More Tears” (1991), “Ozzmosis” (1995), “Down to Earth” (2001), “Black Rain” (2007) e “Patient Number 9” (2022), além dos ao vivo “Live & Loud” (1992) e “Live At Budokan” (2002).

Jerry Cantrell

Conhecido pelo seu trabalho com a icônica banda grunge Alice In Chains, Jerry Cantrell também já foi guitarrista de Ozzy Osbourne.

Cantrell possui um estilo de riffs cadenciados e mais pesados. Essa exploração da tessitura mais grave da guitarra também fica evidente pelo uso de bends bem pronunciados na região grave da guitarra.

O músico participou de apenas um disco de Ozzy: “Under Cover” (2005), um projeto especial apenas com covers.

Gus G.

Líder da banda de power metal Firewind, o grego Gus G. é mais um guitarrista que teve uma breve passagem pela banda do Madman.

Mantendo a tradição dos guitarristas de Ozzy Osbourne, Gus possui um estilo técnico, mas trouxe uma pegada mais metal, cheia de energia, e uma abordagem mais moderna.

Fez parte da banda de 2009 a 2017 e participou do álbum “Scream” e do ao vivo “iTunes Festival: London 2010”.

Andrew Watt

Além de guitarrista, Andrew Watt é um reconhecido produtor musical de Nova York. Ele produziu grandes nomes da indústria musical, desde Rolling Stones e Iggy Pop até Justin Bieber e Miley Cyrus.

Andrew Watt trouxe uma faceta ainda mais contemporânea para a sonoridade de Ozzy. Aliás, foi a partir dele que surgiu a parceria com o rapper Post Malone, um dos artistas que Watt também produziu.

Ele gravou as guitarras para os dois últimos álbuns de Ozzy: “Ordinary Man” (2019) e “Patient Number 9” (2022).

Outras colaborações

A lista de guitarristas que tocaram com Ozzy Osbourne é grande! Por exemplo, vale lembrar a autoria de Steve Vai na música My Little Man, do álbum “Ozzmosis”.

• Conheça a técnica joint shifting, inventada por Steve Vai

De fato, essa lista só se expandiu nos últimos dois discos de Ozzy, onde ele contou com participações de verdadeiros guitar heroes, como Eric Clapton, Slash, Tom Morello e Jeff Beck, entre outros.

Por fim, cabe lembrar que a primeira grande parceria de Ozzy foi com Tony Iommi, ainda nos anos 70, no Black Sabbath!

Que bela lista, hein? Se você se empolgou e quer tocar como os guitarristas de Ozzy Osbourne, confira as melhores cifras do Príncipe das Trevas!

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