É vela, é santo, é dela, é canto
É dor é pranto. É tempestade
É chão, é manto, é pouco, é tanto
É fogo, é Bantu. É louco, é arte
Peito que arde, valei-me Deus!
É liberdade, pros que são seus
É vida e morte, é luz e sorte
Saudade forte
É voz da norte à vos
Quem pode?
A voz de corte
À vós de sorte
Navios, brancos trazendo pretos
E armas brancas que matam pretos
Corpos jogados, é desrespeito
Punhos cerrados: Anéis e dedos
Guerra travada, doutores leigos
De nada sabem, espalham o medo
Nós sem silêncio, vocês sem grito
Minha alma sangra, pele que habito
Índio e apito
Digo e repito
Na marcha grave
Procissão de espíritos!
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