Se tu voltares hás de enfim reconhecer
Parte de mim vagando à beira deste cais
Contando estrelas no revés do amanhecer
Na flor ao vento em busca vã de teus sinais

Se tu voltares hás de enfim me despertar
De um sonho antigo que há tempos me conduz
O pensamento desgarrado no além mar
Minh'alma acesa pelo teu facho de luz

Lembras? Nosso amor era pra ser
Tal vereda em versos imortais

E a vida eterna primavera
De amores e carícias prometidas
Quem dera, para sempre a calmaria
Para sempre a travessia entre nuvens e florais

O tempo transformou nossa quimera
Em dores de saudades e partidas
Deveras eu me rendo à nostalgia
É o fim! E quem diria
Para sempre, nunca mais!