O estudo do blues é muito valioso para qualquer músico em formação, pois permite o desenvolvimento de diversas habilidades. Nesse sentido, podemos citar aplicação de escalas, senso de improviso e compreensão de harmonia. Pensando nisso, hoje vamos te apresentar os principais acordes de blues na guitarra e no violão!

Em outras palavras, você descobrirá como tocar bases de blues, além de aprender algumas variações bem interessantes. Dessa forma, o estudo aqui proposto vai te capacitar a executar diversas músicas conhecidas, enriquecendo seu repertório de maneira poderosa.

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Portanto, afine a sua guitarra e venha aprender os principais acordes de blues com a gente!

Conhecendo os acordes de blues na guitarra

Antes de mais nada, é preciso dar um aviso: para entender completamente o conteúdo deste artigo, você precisa ter conhecimentos prévios de assuntos como formação de acordes e campo harmônico, ok?

Além disso, é interessante relembrarmos a estrutura básica do blues. Uma das marcas registradas do centenário gênero musical é a progressão, que forma um ciclo de 12 compassos.

Assim, é muito comum que a harmonia conte com apenas 3 acordes, que podem ser divididos da seguinte forma:

• 1º grau (4 compassos)
• 4º grau (2 compassos)
• 1º grau (2 compassos)
• 5º grau (1 compasso)
• 4º grau (1 compasso)
• 1º grau (1 compasso)
• 5º grau (1 compasso)

Por exemplo, na tonalidade de E, a progressão ficaria assim:

E  |  E  |  E  |  E
A  |  A  |  E  |  E
B  |  A  |  E  |  B

Fácil, né? Agora, com a memória fresca, chegou o momento de conhecermos os principais tipos de acordes de blues. Vamos lá?

Blues em tonalidade maior

A princípio, as canções de blues se dividem em duas principais categorias: de tonalidade maior e de tonalidade menor. A primeira tem uma energia mais alegre e vibrante, enquanto a outra se mostra mais triste e melancólica.

Então, considerando uma música em tonalidade maior, há alguns tipos de acordes de blues muito comuns. Confira:

Acordes maiores com sétima menor

A sétima menor é a grande responsável pela sonoridade característica dos acordes de blues. Ou seja, os acordes são nada mais do que tétrades, formados por: tônica, terça maior, quinta justa e sétima menor. Esse tipo de formação também é chamado de dominante ou acorde com sétima dominante.

Portanto, baseando o raciocínio na estrutura que explicamos anteriormente, basta adicionar a sétima menor a todos os acordes: E7, A7 e B7. A progressão com 1º, 4º e 5º graus dominantes é uma característica muito peculiar ao blues.

Em seguida, confira algumas digitações que você pode utilizar:

Abaixo, a estrutura completa dos 12 compassos:

E7  |  E7  |  E7  |  E7
A7  |  A7  |  E7  |  E7
B7  |  A7  |  E7  |  B7

A música Blues Before Sunrise, de Eric Clapton, usa a estrutura básica de 12 compassos. Veja:

Variação de levada em um blues maior

Agora, que tal darmos uma apimentada nessa harmonia? Uma ótima maneira de fazer isso é aplicando uma levada bem característica do blues: faça um movimento harmônico e cíclico nos acordes de E7 e A7.

Nesse contexto, lembre-se de que, no blues, o compasso quaternário é predominante em diversas composições. Ou seja, cada compasso tem quatro tempos.

Portanto, você deve tocar cada shape durante um tempo. Quando terminar um compasso, inicie a progressão novamente até completar todos os compassos necessários para o acorde em questão.

Variação de levada para um compasso em E7:

Variação de levada para um compasso em A7:

Viu só como essa pequena variação nos acordes E7 e A7 já dá um toque bem interessante ao acompanhamento?

Acordes maiores com extensões diferenciadas

Ao mesmo tempo, é possível rebuscar os acordes de blues, adicionando extensões que apresentam um pouquinho mais de complexidade.

Assim, em alguns casos, esse recurso pode dar um ar refinado e até exótico ao blues.

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A seguir, te mostraremos variações diferenciadas para os 3 acordes básicos do nosso blues:

Tenha em mente que essas são só algumas das diversas possibilidades. Há extensões ainda mais complexas, mas que acabam fugindo um pouco da sonoridade mais tradicional do blues.

Porém, como você está começando a aprender o gênero, as sugestões aqui listadas são um ótimo ponto de partida.

Falando em aprendizado, você já conhece o curso de guitarra blues do Cifra Club Academy? Na nossa plataforma musical online, é possível estudar tudo sobre o gênero nas seis cordas.

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Blues em tonalidade menor

Do mesmo modo que um blues em tonalidade maior, o blues menor tem a presença das sétimas menores em seus acordes. Assim, a diferença realmente está na terça.

Veja a formação básica: tônica, terça menor, quinta justa e sétima menor. Nesse sentido, os acordes seriam Em7, Am7 e Bm7.

Abaixo, você confere algumas digitações que podem ser utilizadas para cada um deles:

Aqui, cabe o alerta de que o último compasso pode ser ocupado por um acorde dominante. Ou seja, o B7. Dessa forma, ele é o responsável por “chamar” a volta do ciclo harmônico. A estrutura completa fica assim:

Em7  |  Em7  |  Em7  |  Em7
Am7  |  Am7  |  Em7  |  Em7
Bm7  |  Am7  |  Em7  |  B7

Variações de harmonia no blues menor

Especialmente em canções de blues na tonalidade menor, encontramos variações bem interessantes na estrutura harmônica.

Em outras palavras, são adicionados outros graus além do 1º, do 4º e do 5º. Além disso, não é raro que esses acordes extras venham acompanhados de extensões.

Abaixo, listamos duas estruturas diferentes para você analisar. Repare nas variações dos últimos quatro compassos:

Em7  |  Em7  |  Em7  |  Em7
Am7  |  Am7  |  Em7  |  Em7
Cmaj7 |  B7(11) |  Em7  |  B7

Em7  |  Em7  |  Em7  |  Em7
Am7  |  Am7  |  Em7  |  Em7
F#m7(b5) |  B7 |  Em7  |  F#m7(b5) – B7

Se tiver dúvida sobre algum desses shapes, consulte o dicionário de acordes do Cifra Club, beleza?

Para fechar este tópico, ouça a canção The Thrill Is Gone, do mestre B.B. King. Ela é um exemplo de blues em tonalidade menor que apresenta uma lógica de acordes similar à que apresentamos acima:

Power chords

Por fim, há muitas músicas de blues que utilizam power chords. Também chamado de bicorde, esse tipo de formação não contém a terça. Ou seja, são tocadas apenas a tônica e a quinta.

Confira como ficam os acordes de blues nessa abordagem:

Por exemplo, os power chords são muito utilizados no blues para riffs. Assim, vamos explicar agora um dos mais conhecidos, que usa uma variação bem manjada do blues e do rock.

Anote aí: mantendo a tônica sempre presente, alterne a quinta com a sexta maior e, depois, com a sétima menor.

Nas tablaturas abaixo, está exemplificada a execução do riff com 1 compasso de duração. Por isso, você deve repetir o ciclo em cada acorde, seguindo a estrutura de 12 compassos do blues:

Diante disso, cada formato acima deve ser tocado durante um tempo do compasso. Efetue duas palhetadas por tempo, ok? O mesmo raciocínio vale para os acordes A e B. Pronto, você aprendeu um riff de blues!

Para compreender melhor a utilização de power chords na base de blues, confira a música Look at Little Sister, tocada pelo guitarrista Stevie Ray Vaughan:

E aí, os principais acordes de blues já estão nas pontas dos seus dedos? Temos certeza de que, com o estudo de hoje, você subiu um degrau na escada do conhecimento musical. Trata-se de uma caminhada longa, mas extremamente prazerosa!

Como evoluir na guitarra blues?

Uma vez que você já está se virando bem na parte harmônica do blues, que tal se aventurar nos solinhos e temas característicos do estilo? Para te guiar nessa jornada, aqui vai uma dica quente: baixe o e-book gratuito sobre os licks mais famosos do blues. Você não vai se arrepender!

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