Desligo a tevê, escrevo nas paredes
Segredos e coisas de nós dois,
Sinto a tristeza de um sofrer cansado,
Mergulho no infinito de depois.
Penso bobagens pra espantar o medo
De quem sabe ficar só,
Invento dias pra esperar
E tempo pra esquecer a dor.
De estar sozinho e sentir
A falta desse pouco que havia de você.
Palavras se despem de sentido
Quando você não está aqui,
Camas desfeitas, videoclipes,
Sinais que lhe possam alertar
Deste pouco que sobrou de mim.
Os discos ainda giram e as ruas elevam pensamentos,
Transcorre o tempo, entardece outra manhã,
Perpassam-me vozes dissonantes,
Invade a dor um breve sonhar.
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