Foi sete a zero e o juiz bateu martelo E suspendeu todos seus sonhos de castelo Foi condenado por um crime de homicídio E apenado com dez anos no presídio Nos outros presos ele impunha as torturas Nos tempos vagos com suas conjecturas Obstinado não podia nem dormir Tão depravado não queria redimir E assombrava junto com o carcereiro Tão sanguinário, era frio e justiceiro E em seu juízo a voz da alma vagueava E sua mente criminosa maquinava O tempo passou Até que um dia essa pena ele pagou Saiu de lá e logo se batizou Fez a igreja de um falso evangelho E finalmente construiu o seu castelo Era sabido, inventivo e malfeitor Era brejeiro e se passava por doutor Enganador que enganava todo mundo Cresceu depressa com o seu plano imundo Anos depois ele já estava muito rico Quanto mais rico ele ficava mais ridico Suas ovelhas nele tinham confiança Mas ficou preso na mentira da esperança O tempo passou Tirava a lã dessas ovelhas tão sofridas Não tinha pena de abrir tantas feridas E a Mão Divina lhe pesou sobre a cabeça E perdeu tudo para a própria esperteza Pergunto agora para todo cidadão Se eu, Diabo, atentava o cristão Se o fiel nunca terá a salvação Se existe o céu ou se é pura ilusão Sou Satanás e escrevi essa canção Quero dizer que eu não tenho culpa não Meu Deus é Pai, mas eu não sou a perdição Filho de Deus, eu também sou o seu irmão