Desde piá gosto de farra bochincho de cola atada Tchanga de cintura fina perna lisa e bem torneada Q’ua sai em riba do jueio de crina bem alongada Se escuto o ronco de gaita me dá cocera nos pé Q’uas loira danço vanera q’uas morena chamamé Se uma me nega o estrivo mais de uma dúzia me qué E assim nos tapa c’oa sorte na vida véia baguala De burro só tenho o trote de loco o jeito e a fala Sô nêgo muito dengoso pra qualquer rabo de saia Vivo arrodeado de china das bem atoa e lacaia As moça séria me querem, mas o pai sempre atrapaia Dotor num jogo de truco tenho sorte a revilia Quando me grito um buraco eu largo o bicho que mia E o que eu posso fazer hoje não deixo pra o outro dia E assim nos tapa c’oa sorte na vida véia baguala De burro só tenho o trote de loco o jeito e a fala (Meu amigo Luiz Pirapó e a sua família aí em Sorriso, Mato Grosso vão bailando essa vanera por aí meus amigos. Um abração do Xirú Missioneiro)