Há de comer, há de beber
Há de tocar tambor
Um passo formoso é a moça
Uma árvore frondosa é o seu dorso
Uma tarde fresca, uma noite estrelada
São seu colo sereno e seus olhos de alvoroço
Um amor fervoroso põe a mão no seu rosto
E moreno ele sonha, ele queima e ela voa
Ela roça suas asas, ela cai sobre as casas
Como a luz da manhã
Ela cai sobre a gente, como a chuva quente
Luminosa e temporã
Um passo formoso é a moça
E sua boca é de louça
Seu cabelo é de algodão
Seu colo é de sonhar
Seu sim é de matar
E é de morrer o seu não
É de morrer o seu não
É de morrer o seu não, não
É de matar o seu sim
E de morrer o seu não
É de matar o seu sim
E de morrer o seu não
De matar, seu sim
De morrer, seu não
De matar, seu sim
E de morrer o seu não
De matar, seu sim
E de morrer, seu não
De matar, seu sim
E de morrer o seu não
Há de comer, há de beber
Há de tocar tambor
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