É, a vida é tão frágil Como a uma criança Que vê suas fantasias Perderem-se sendo levadas Com a frieza do tempo A vida é tão rasa Como a um instante Em que ouve-se o som Do gatilho puxado Num simples impulso Na mais tola coragem E se pensava que a beleza Era a soma de todas as coisas Quando nada mais era Que a vontade de enxergá-la É, a vida é tão cega Que faz com que o homem Sacrifique em prol do bem Seu cão, seu igual Seus maiores ideais E se pensava que a vida Era o nosso grande Sol Quando em suma Era mera fresta de luz Ah, se minha mente pudesse Ver a fórmula da nepente Que vive dentro do coração De tudo o que é vivo Ah, mas o homem é tão tolo Que vê Deus nas coisas finitas