Timor

Trovante

Composição de: João Monge
Lavam-se os olhos nega-se o beijo 
do labirinto escolhe-se o mar 
no cais deserto fica o desejo 
da terra quente por conquistar 

Nobre soldado que vens senhor 
por sobre as asas do teu dragão 
beijas os corpos no chão queimado 
nunca serás o nosso perdão 

Ai Timor 
calam-se as vozes 
dos teus avós 
Ai Timor 
se outros calam 
cantemos nós 

Salgas de ventres que não tiveste 
ceifando os filhos que não são teus 
nobre soldado nunca sonhaste 
ver uma espada na mão de Deus 

Da cruz se faz uma lança em chamas 
que sangra o céu no sol do meio dia 
do meio dos corpos a mesma lama 
leito final onde o amor nascia 

Ai Timor 
calam-se as vozes 
dos teus avós 
Ai Timor 
se outros calam 
cantemos nós
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