Na cidade de Barretos Terra de peão afamado Que monta em burro brabo Seja lá de qualquer lado Tinha um rico fazendeiro Prepotente e vaidoso Que tinha um burro preto Por nome de Criminoso Era um burrão arisco Mais ligeiro que um trovão Com a idade de dois anos Tinha matado um peão Este rico fazendeiro Por ser muito vaidoso Dava a filha de presente A quem domasse o Criminoso Quando veio o mês de agosto Na festa do boiadeiro Acabou a fama do burro Orgulho do fazendeiro Chegou ali um peão Por nome de Zé Gaúcho Bombacha de puro linho E a bota feita de luxo Pôs o burro no palanque O danado refugou Ele então tirou o cabresto Em pelo ele montou Pulou uma hora e meia De cansado ele parou Tendo seu lombo molhado Do peão que amansou Disse o peão ao fazendeiro Eu só falo com razão Não aposte sua filha Que é falta de educação Eu só falo o que é certo Aquilo que me convém Eu só levo a moça embora Se eu levar o burrão também Eu só levo a moça embora Se eu levar o burrão também