Publicaram no jornal E o rádio anunciou Um terrível marginal Muitos crimes praticou Na mira do seu revólver Muitas vidas ele tirou E quantos pobres coitados Por ele foi assaltado Sem o dinheiro ficou Criado a margem do crime Aprendeu desde criança Com o revólver embalado Que lhe dava confiança A vítima sem dinheiro Sem relógio ou aliança O pobre trabalhador Derramava seu suor Pro ladrão ter vida mansa Certa noite o marginal Fazia sua rotina Foi assaltar um velhinho Que estava em uma esquina Ao apontar sua arma Surgiu um raio de luz Foi uma grande explosão O revólver do ladrão Transformou-se em uma cruz O marginal ficou cego Acabou sua malícia No outro dia bem cedo Entregou-se à polícia Faleceu por trás das grades Ao sentir o golpe fatal Seu revólver virou cruz Por milagre de Jesus Pôs um fim no marginal