Hei anawê toryba coaracyguaçú Ouça o som do vibrar da sementes do tempo Maracás, maracás Sinta o medo quando sair do meu corpo No êxtase onírico o sopro da vida espiritual Psicotropia dos velhos xamãs no grande ritual Caiçuma, tawarí, paricá, rapé e cawin Alucinação Ayahuasca que transcende o corpo e a mente Ao mundo fantástico do seres sobrenaturais É o mistério pairando sobre a caiçara É a força e o equilíbrio dos sacacas Misticismo é o xamanismo tribal Hei, ha, hei Eu sou o fogo, eu sou a cura, o sopro da vida, sou bruxaria Não temo a morte eu sou o xamã atã Munduruku Convoco as tribos para enfrentar A medonha serpente de sete cabeças A batalha xamânica vai começar Kaiapó-xicrim, Paliku, Bará, Mehinaku e Parintintin Kamaiurá, Munduruku, Tupinambá Lutar, lutar Beberagem e cantorias na batida do inhambé No círculo oráculo, terreiro da fé Velhos xamãs de antigos clãs Em línguas extintas celebram o canto da cura Envolto ao enfermo possuído por espíritos irão rezar Todos os xamãs sobre o véu de Amanerê irão dançar Aê, aê, aê Karuanas me tragam a proteção Para a glória da luz sobre as trevas se perpetuar Dança da cura, rito de cura, hei, ô, ô, ô Êxtase xamânico no círculo sagrado da terra, pajelança Dança da cura, rito de cura, hei, ô, ô, ô Êxtase xamânico no círculo sagrado da terra, pajelança Mistério da roda de cura ancestral