Pelas mãos do homem sem coração, escorre a seiva da vida A lágrima sofrida da mãe natureza, onde está a consciência? Vamos dar as mãos, é tempo de preservação, somos teus irmãos Do crepúsculo ao amanhecer, lutaremos com fervor Pra nossa Amazônia sobreviver E ela sobreviverá, e ela sobreviverá A maldita ambição, a ganância, a estupidez Ela sobreviverá, ela sobreviverá As terríveis derrubadas, as queimadas, as caçadas Ela sobreviverá! Basta acreditar, amar e valorizar a vida Ouçam o grito e o clamor que ecoa pelo tempo, pelas matas Seria as profecia das savanas revelado pelo sábio ancião Que estaria se cumprindo sobre nós? Há paisagem morrendo, seres vivos sofrendo O calor aquecendo, a estiagem fora das estação A correnteza não tem direção É dolorido demais não temos que permitir Que a fauna e a flora deixem de existir Vamos lutar, pra savanização não se proliferar Pra Amazônia da vida se eternizar e tudo parecer como era antes Eu quero ver saúva em Janeiro voar A borboleta amarela, o verão anunciar Onça pintada feroz a reinar A água sagrada o chão fertilizar, o raio do Sol a iluminar A comunhão do homem com a natureza A terra agradecerá é a Amazônia viverá! Que nossas lutas é lágrimas não sejam em vão Que os mitos, as lendas e a tradição Sejam a luz nesse mundo de escuridão Criado pelo homem, o nosso irmão Óh! Amazônia, que o teu triunfo de vitória Seja nossa história Escrita por milhares de mãos É repassada com amor De geração a geração E ela sobreviverá, e ela sobreviverá Ao garimpo, ao minério, ao mercúrio letal Ela sobreviverá!