Na tua estrada você precisa de pouco verso pra andar Não é preciso nem arco-íris, nem fada moça pra sonhar. É como o vento que sopra as cordas, e os batentes do meu coração. É como a chuva que cai macia, formando gotas de algodão Vejo um caminho de pedras altas, mas com raízes fincadas no chão Vejo a beleza, rostos marcados, talvez traçados pela solidão Eu vejo o céu e as estrelas Que são as trilhas desse meu sertão Isso é a vida, mas que surpresa Forjando asas pela multidão Mas pra que tentar? Dizer que aprendi Mas pra que voltar? Se não vai chegar E hoje eu vejo um cara Eu vejo um cara que não diz nada E está em outra direção Eu vejo um cara que não diz nada A minha arte é minha canção! "Eu vejo um cara, eu disse: Eu vejo um cara! Eu vejo um cara, ele não vai me acompanhar!"