I - Opção de ser um esquisito Não quero outra vida Só mantenha-se longe Essa é minha avenida Crio meu horizonte Não quero solução Problema é divertido Eu quero opção De ser um esquisito Acabo de ver Tenho bom gosto Não pode crer Pois sou seu oposto II - Bom Animal Lágrimas inúteis Sabe o fim Procura magia Não funciona assim Seja animal Coma animal Bom animal Não pensa afinal A carne que come Lhe comeria Odeia o homem Mente criativa III - Dia Nublado, Nobre Injustiçado Os insatisfeitos Não deixam por menos Não suportam Eu feliz com tão pouco Dia nublado Nobre desocupado Vem pra cá Faça telefone parar Seu problema Não é meu dilema Se toque Pois não vou lhe tocar IV - Camarote Claro quer o melhor Aventura pura ao pó Cara com ponta e delicada De vilão, cara corada Decisão foi sua, aproveite O calor de quem lhe aceite Que sinta o peso da mão Que sorri ao dizer não Bairro todo sabe, documenta Com câmera na mão A verdade rabugenta Piada velha e nojenta V - Fome de Detento Engraçado Não tem escolha Ponto riscado Em minha folha Seu corpo Malhado pelo tempo Pro meu gosto Fome de detento Sem diferença Não podem saber Recompensa Viver pra morrer VI - Desaparecida Pra onde foi que a levaram? Quem foi quem a tirou daqui? Fez sumir minha vida e chão? Quem foi? Quem ligou? Talvez foi ela Do futuro mais sombrio Ela gritou Foi ela quem ligou? Alguém gritou Agora Dúvida me estupra Imagino o pior inferno Num asilo da minha amargura Cadê doçura? VII - Últimas Três Tardes Céu laranja, cor da morte De tudo que foi forte Você não quer aceitar Passou tempo sem sentir ar Veja a tarde bela, como morre! Beleza no que não socorre Foi tudo em vão, mas não pobre Riqueza estava em não ser nobre Veja a cor ficar doce escura Era filme sem estrutura Personagen todo secundário Vida era ponto riscado