Foi nascido no rio grande E lá mesmo foi criado, Cavargando pelos pampa, Sempre alegre, atrás do gado. Mas um dia resorvi Conhecer outros estado. E hoje eu vivo distante Do meu rincão adorado. Arreei meu pingo amigo, Já vinha rompendo a aurora, Minha véia me abraçava: Meu fio, não vá s'embora. As gauchinha chorava. - vorte logo, sem demora. Disse um adeus pro rio grande, Piquei o macho na espora Tá fazendo muitos ano Que eu deixei o meu rincão. Eu recordo das festança, Das noite de são joão. O rodeio nas estância, O meu tempo de peão, Uma gaúcha marvada Que feriu meu coraçao. Quero vortá pros meus pago, Quero vê meus conhecido E pedir perdão pros véio, Que muito já tem sofrido. Quero morrer na estância, Lugar onde fui nascido Quero rever minha terra, O meu rio grande querido.