Era bom vivê na roça, lá bem longe do rumô Num ranchinho entre os gaio, tudo coberto de frô Os passarinho cantava a melodia do amô Naquele campo enfeitado que a natureza pintô No sertão era alegria, tudo era bom vivê À tarde o sor despedia, o luar no amanhecê O roceiro levantava pra cuidar no que fazê Com o cigarro de paia completava seu prazê Agora tá diferente, até a cabocla mudô A estrada boiadera em asfarto transformô O monjolo tá quebrado, o carro de boi parô E só ficou a saudade daquele sertão de frô Viola, minha viola, conhece meu padecê É a mesma fandangueira, fez catira amanhecê Recordando do passado eu abraço com você Chorando junto a saudade, do sertão do pé de ipê