Eu te amo do fundo da profundidade da altura que minha alma pode alcançar Eu amo você ao nível das necessidades diárias Eu te amo livremente, como um homem gosta de ser Eu te amo puramente, como eles amam os deuses Eu te amo com a respiração, sorriso, lágrimas, de toda a minha vida E, se Deus quiser, vou te amar mais ainda depois da morte Não me lembro como a conheci Mas jamais esquecerei quando a reconheci Por quem foi, pelo que fez Por quanto tempo esteve aqui Pra que eu fosse um homem simples Eis que mutações separaram a gênese E, desde então, me tornei um herege Clamando que não há igreja na selva Deus está morto Só cultuo uma deusa, que se preocupou tanto A ponto de só cumprir o rito de passagem Após minha saída daquele quarto Mas uma mudança de planos não é o bastante pra romper o pacto Agora, canonizada, me resguarda nessa via-sacra Porém projeções astrais não acalentam A desolação de quem clama por ti personificada A gramática insiste a conjugar-te no pretérito perfeito Tão irônico quando analisa-se os termos Não aceito que os fins justifiquem os meios A história insiste a apagar-te na mensuração do tempo Tão trágico quando analisa-se o roteiro Não aceito que seu nome não esteja destacado nos créditos E ela queria um quarto no segundo andar Pra ficar mais perto do céu Hoje, ele é todo seu