Na barranca do rio grande, naquelas matas sombrias
Construí o meu ranchinho pra fazer a pescaria
Tenho meu cachorro amigo que me serve de vigia
Falo mesmo com franqueza, ali, junto a natureza, vivo com mais alegria
Eu tenho boa canoa que é a minha garantia
Dois remos feito de cedro que me dá mais serventia
Armo a rede no remanso, que o peixe faz moradia
E preparo o espinhel, solto isca de primeira pra correr no outro dia
Quando é de madrugada na porta do meu ranchinho
É bonito a gente ouvir o cantar dos passarinhos
Juriti vem no terreiro assim que ela sai do ninho
E o cantar da siriema avisa o nascer do Sol surgindo devagarinho
Ao chegar fim de semana é que a coisa principia
O churrasco bem quentinho e a cerveja bem fria
A famosa galinhada, peixe frito sem quantia
E o grande prazer da gente é passar horas contente com viola e cantoria
No rancho 4 coqueiros não mora melancolia
Convívio de beija-flores é motivo de poesia
Agradeço à Deus por tudo, pela paz e energia
Quem criou a natureza, cheia de tanta beleza, com sua soberania
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