Atotô, atotô ajuberô
Na regência do tambor
É tempo de vitória
Me faz seu templo, Obaluaiê
A Cubango firma ponto pra fazer história
Ayan eu sou
A cadência entranhada na alma
Evoca a magia dos ancestrais
O mítico, divindade da cor
No ritmo, vibração do tambor
Início da transformação da vida
Ponto de partida pra louvar os orixás
Rufado pelas mãos de um ogã
Ressoei a noite inteira
A partitura afro-brasileira
Ôôh, deixa o som me levar que eu vou
Corpo, alma e tambor pra pedir licença
Laroyê exu, abre o caminho
Pro batuque da Cubango não tocar sozinho
Num elo entre culturas me tornei
Nas bossas que criei, o laço mais profundo
E vibro em descompasso com tempo
Ultrapasso o contratempo, entrelaço o mundo
Eu sou, a força de um pavilhão verde e branco
O sonho de um povo que traz no seu canto
A devoção ao seu padroeiro
Moveu a palha porque o certo nunca falha
Toca opanijé nesse terreiro carregado de axé
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