O que separa a ira e a bondade? Entre o ímpeto e a piedade O inferno e o céu A frágil linha entre a sanidade e a sobriedade E que derruba os alicerces da paciência Ou o que nos mantém em clemência Um copo de paciência ou um porre de violência? Do mal, aquele velho companheiro que adormece E desperta entre nós O que desperta o instinto para o caos? E faz de um pai de família normal um homicida sanguinário Transforma em vândalo um simples operário? O que desperta naquele bom homem Contrário a pena de morte convicto Que em meio a um linchamento público Revolta-se e vê uma bela oportunidade De expor as suas requintes de crueldade? O mal, aquele velho companheiro que adormece E desperta entre nós