A minha arte exposta não me tornou artista Muito pelo contrário, ela me criminaliza Mas como é incriminador se ela pode me livrar De tantas discriminações causadas pelo sistema? Mano, é mo relatividade É uma válvula de escape no extremo Sul da cidade Onde vários pivetes sonham com um par de Nike Abismo social, fruto de desigualdade Homens primata, capitalismo selvagem Cegos pelo dinheiro, reféns da vaidade Também quero as notas, essa é a grande verdade Mas sei que o amor é essência da humanidade E com pouca idade vários já caiu pras pistas Escravos do capital na sociedade consumista Onde vários perdem sonhos, e outros perderam vida E o pecados das pessoas? Nascer na periferia Muitos sem assistência e outros sem moradia Sem ter o que comer e de barriga vazia Outros levantando cedo comendo marmita fria E os que são instruído é ofensa pra burguesia Vários príncipe do gueto em seus castelos de madeira Na estrada da dor sentido 666 São várias mães que choram e os porcos sem frieza Que na calada faz mais uma vítima indefesa São vários Rafa Braga que na quebra são forjados Impedidos de viver por conta de um porco fardado Vítimas do preconceito e em meio aos descasos Onde a violência é serventia do Estado Os cães ladram, mas não param a caravana Acredito no meu rap, me entrego de corpo e alma Não faço pelo dinheiro, mas sim amor à causa Levar conhecimento e cultura à minha quebrada Esses félas não arruma nada se tentar bater de frente Escrevem o que possuí e não aquilo que sente Deixaram o rap doente com tanta ideia errada De peita e calça larga defendem o rap reaça Perifa aqui não se cala, meu povo segue na luta! Nas letra eu boto a alma, no rap tenho conduta Não abaixo minha cabeça pra esses filhos da puta Não adianta nos calar porque a luta continua!