Omnipresente.... ...A respiração ofegante Esse teu olhar futil gigante O sangue que corre em tuas veias É a construção das tuas teias. O batimento do teu coração Que provoca imensa destruição A ira do teu olhar Provoca a raiva das ondas do mar Esses teus olhos brilhantes Invocam arrepios gigantes "Tanto, há quantos anos, vence a dureza dos dias, Das ideias solidificadas, a espessura dos hábitos Que me constrange e tranquiliza. Tento descobrir a face última das coisas e ker aí a minha verdade perfeita. Mas tudo esquece tão cedo, tudo é tão cedo inacessível. Nesta casa enorme e deserta, nesta noite ofegante, Neste silêncio de estalactites, a lua sabe a minha voz primordial.. Mas essa imagem é tão forte. Tão penosa e tão bombástica Irá comigo até á morte Será imagem, imagem sarcástica.