Nascemos do mesmo abismo, vivemos o mesmo caos
Olhando todos na praça, "zil" homens, homens-animais
Uns passam nos automóveis, se acham seres imensos
Seus filhos crescem à sua imagem em futuras vãs criaturas
E sofrem por isso, e sofrem por isso...
Olho pro alto e não vejo uma lástima de infinito
Ao meu lado uma festa explode em segredos
Onde um bêbado ridículo aos olhos dos lúcidos
Revela toda a vida em preto e branco...
Engulo um trago da noite e abraço a madrugada
Um homem forte e másculo deitado coberto de flores
E dores, e dores...
Jamais aceitara sequer uma pétala em quedas de outono...
Jamais aceitara sequer uma pétala em quedas de outono...
Façamos da lenha o fogo, um corpo que dança à chuva
Que as águas lavem os rostos e enxaguem as tintas à terra
Que encharca mais e mais a lama
Que encharca mais e mais a lama
E mais e mais a lama
E mais e mais a lama
E mais e mais e mais...
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