Tudo foi brincadeira Muito de qualquer maneira Bola de gude, pedra e atiradeira Cerol, um perigo sem intenção Mas sem noção, queríamos brincar Correria, você se escondeu Lá vem o bate-bola Hora de ir embora Ou procurar o lobisomem Será que ele vem ou se esconde? E eu também, aqui vou Me esconder de tudo mundo Brincar de quase tudo Quero chutar a bola que vem Bom demais ser criança Bom demais nossa infância Sempre vou me lembrar Aqui estou para contar Alguns segredos sem medo Que ninguém descobriu Ou outra história inventar Brincar com fogo Paquerar sem intenções Ou achar que chegaria Perto mais perto do beijo Na verdade brincar Com o carrinho de bilha Correr pela rua Querendo decolar Papo no portão Papo de ocasião Chega de reclamação Hora de dormir Planejar mais ação A vida que passa Criança que cresce Gente que vem, ou que vai Gente que desaparece Lembranças que ficam Olhos lá bem distantes Se a gente pudesse viajar Mergulhar no tempo Voltar e mudar Não mudaria nada Apenas tudo muito mais Muito mais do que fiz Tentaria ser mais feliz Muito mais do que fui Doce infância que não vai Fica para sempre e volta Para dizer quem eu sou Pra todos os amigos Que juntos fizemos Um abraço apertado Meu sorriso verdadeiro Eu agradeço muito De ter estado com vocês Vou contar pra todo mundo Quase tudo que aprontamos Assim, quase tudo, tudo não Segredos nós levamos Segredos não se falam Segredos nós guardamos