Foi na dança do meu fado Que me leva a todo o lado O meu fado é a luz que me orienta Na penumbra do lamento O meu fado é a voz do sentimento Sofrimento que se inventa Ai a vida vem, Ai a vida vem, às vezes vai ao fundo Ai a vida tem pena de ninguém Que a pena é de todo o mundo O meu fado já não é aquele fado Como era antigamente Minha alma sente que tem um passado Mas que vive no presente Ai a vida vem, Ai a vida vem, ás vezes vai ao fundo Ai a vida tem pena de ninguém Que a pena é de todo o mundo Vou na dança do meu fado Que me leva a todo o lado E me faz sentir mulher E se não balança o quatro Vai a dois ou vai de lado Sem ter medo de sofrer E a voz sempre amargada da saudade e da guitarra Esta rima vai mudar A minha sina assassinada Vou na dança do meu fado Que me leva a todo o lado E me faz sentir mulher E a sorte que é malvada Há de vir o dia que se vai arrepender Foi na dança do fado Que me leva a todo o lado Fado no meu peito Fogo do lamento Sangue da minha cultura Tenho um gesto a preto e branco que herdei Mas tenho numa cor mais pura Ai a vida vem, Ai a vida vem, às vezes vai ao fundo Ai a vida tem pena de ninguém Que a pena é de todo o mundo Tanto mar de compaixão Navegando, navegado De queixume este gemer Mais quem tem um coração Vai poder cantar o fado Mesmo sem o conhecer Tanto mar de compaixão Navegando, navegado De queixume este gemer Mais quem tem um coração Vai poder cantar o fado Mesmo sem o conhecer Vai poder cantar o fado Mesmo sem o conhecer Vai poder cantar o fado Mesmo sem o conhecer O meu fado já não é aquele fado Como era antigamente Vou na dança do meu fado Que me leva a todo o lado E me faz sentir mulher E se não balança o quatro Vai a dois ou vai de lado Sem ter medo de sofrer E a voz sempre amargada da saudade e da guitarra Esta rima vai mudar A minha sina assassinada Vou na dança do meu fado Que me leva a todo o lado E me faz sentir mulher E a sorte que é malvada Há-de vir o dia que se vai arrepender E a sorte que é malvada Há-de vir o dia que se vai arrepender PedroRAGomes Madeira