No sertão da minha vida
o sol bate na moleira,
as crianças vão lambendo o muco do nariz.
No sertão da minha vida
eu compus essa toada.
São estranhas as canções.
No sertão da minha vida
tem o rio São Francisco,
as lavadeiras cantando
anunciam as manhãs.
No sertão da minha vida
eu compus essa toada.
São estranhas as canções.
No sertão da minha vida
dentro do redemoinho
vou seguindo, vou sozinho
pelas ruas do Leblon.
No sertão da minha vida
eu compus essa toada.
São estranhas as canções.
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