Eu pensava que aqui
Do alto da cobertura
Acima de tudo e de todos
Estava coberto, era livre
Afinal, dinheiro manda buscar, né?
Puro delírio
Felicidade não tem um delivery
Wall Street ao extremo, pais de uma conta premium
Espírito empreendedor, dor, dor, dor, dor, dor
Só dor
E aí, Drik?
E aí, Weslão? (Clássico, clássico)
Luiz Café
Quantos mundos a gente ignora (quantos?)
Por olhar só pra dentro ou às vezes por olhar só pra fora
A vida exige perfeito balanço, véi
Mas equilíbrio nesse nível, nem no Cirque du Soleil (vish)
Várias vez eu ando por aí
Vendo alguém em situação de rua, eu penso no conto
Por trás dessa vida
E quais encontros ou desencontros
Trouxeram ele a este ponto
E no mesmo ponto, no outro canto a madame
Levanta o vidro porque me viu
Talvez não tenha me visto no seu programa favorito
Cantando um hit
Que tem sido um dos mais pedidos do Brasil
Pra madame no carro, eu e o morador de rua
Representamo a mesma coisa: Risco
E pro morador de rua, talvez eu e a madame
Estejamos no mesmo universo, misto
A sós, nenhum de nós realmente se olha (ahn ahn)
E cada um de nós fica em sua bolha
Uns por escolha, outros por falta de
Todos numa bolha maior, nos falta ver
E eu artista, achando que tenho a visão
Que tô vendo alguma coisa ali que eles não
Prepotente, de ser herói tô aquém
Só mostra que meu mundo precisa ser salvo também
Quase um roteiro de Kubrick
Mudar um mundo sem desarrumar o outro
Isso é um cubo de Rubik, hein?
Nossos caminhos se encontram (é quente)
Ainda somos semelhantes
Mas os problemas que nos cercam
Ainda são os mesmos de antes (não acredito, hein?)
Quando eu perceber que em cada ser
Existe um mundo fascinante
Já não seremos tão distantes
Tantas vivências e perspectivas
Até entender que essa terra não é só feita pra você
Uns têm menos, outros mais
Isso vale pra caráter, grana ou empatia
Uns viciam em substâncias e outros na mentira
As fraquezas são múltiplas
A franqueza sumiu de nós, o que é bom tem valia
Só em última instância
Seguem cruzando avenidas, desviam do outro
Sem olho no olho, tão perto e há tanta distância
É tipo Show de Truman, real só o que rodeia
Como cantou Cazuza, o tempo não para
Mentes fechadas não enxergam além do horizonte
É lei da vida, se quer benção, vai fazer por onde
Cada um no seu quadrado
O que cê faz impacta quem tá do lado
Tipo efeito dominó, desde menor
Criei um mundo pra eu viver com a alma intacta
Por ter a pele preta me desejam o pior
Pra eles defeito de cor, pra mim, herança viva em mim
Pra mim, lutar pra existir é assim desde o início
Fácil falar que é mimimi quando nunca foi vítima
Sua opressão é bumerangue, volta como míssil
São tantos moldes, tantos modos, tantos medos
Sempre há mortes, nascimentos pra lidar
Tudo é feito de ciclos
Uns são grito, outros silêncio
Meu barulho te incomoda
Minha missão é inspirar nessa era difícil
O mundo é meu, o mundo é seu também
Conká cantou vou transformando vida em verso
(É seu também)
O mundo é meu, o mundo é seu também
Deus tá por noiz, no fim é tudo um universo
O mundo é meu, o mundo é seu também
Conká cantou vou transformando vida em verso
(E aí, Drik?)
O mundo é meu, o mundo é seu também
O mundo é meu, o mundo é seu também
(Boto fé)
Nossos caminho se encontram, ainda somos semelhantes
Mas os problemas que nos cercam
Ainda são os mesmos de antes
Quando eu perceber que em cada ser
Existe um mundo fascinante
Já não seremos tão distantes
Descabelado, mano
O dinheiro contado
Tanta conta que perdi a conta, ó
A esperança entrou na reserva já há uma cara
Geral no memo busão, no fim, na mesma mão (ae!)
Ninguém tá certo onde todo mundo quer ter razão
Pelo pão, divisão, esses vão e esses não
Buscando adição, e o burro sou eu? Felipão (eu?)
Querendo mesmo a brisa silvestre boa (aham)
No meio dum furacão que nos tirou o Mestre Moa
Teima, intolerância reina
Como se do outro lado da opinião
Não existisse outra pessoa
Mas cada um é um mundo e vejamos
Que olhar pro próprio umbigo é o que dá voto pro Thanos
Toca o barco e toma o leme
Pra fugir dessa tragicomédia
Onde tudo se transforma em meme
Que benefício traz (qual?)
Lutar contra o direito de alguém que nenhum mal te faz?
É a lógica de quem vende
O que é seu por um preço baixinho
E vai morrer achando que a folha
É mais verde na Amazônia do vizinho
Um mundo de cada vez
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