Rotína diária polícia na quebrada Tiroteio homicídio emplêna madrugada Muito sangue derramado aqui se espalha E cenas violêntas que ficam marcadas É assim o dia à dia nas períferias são Muitos se matando e tirando vidas Córpos furados de bala em qualquer esquína Vítimas com frequência são muitos na mira Parceiro sou mais um que faz parte dela Desde criança fui criado na favéla Eu tô ligado e sei como que é o esquêma Respeite pra ser respeitado esse é o lêma Porque caguêta vacilão e ladrão de barráco Se marcar bobêira já éra um abraço Aparece com o corpo todo perfurado crivádo Na bala ou desfígurado Graças à Deus pelos manos sou considerado Por muitas coisas também sou um revoltádo Com os ganbés que estão em vários lados Derrubando sem dó daí é embaçado Pelos becos e viélas sangue derramado Crueldade sem limite esses são os alvos Da violência que domína aqui lado a lado Trazendo ódio sofrimento e muitos finádos Aqui se vê moléque novo com o tambor lotádo descarregado Brutálmente só pra Ver o estrágo Quem ignóra a lei daqui já está marcado E com certêza também com o destino Celado Se dezandar ou dér mancáda você vai prô Chão períferia é fóda escuta bem irmão Quantos já se foram e quanto mais irão? Condúzo a minha rima escute aí ladrão Favéla Beco e Viéla na quebrada é assim Nada se espéra Favéla Beco e Viéla a sangue frio derrubam Só pra ver a quéda Não é história muito menos contos de fada É realmente as punições aqui aplicadas Me refíro a muitos que derem mancáda Lógo os acerto de conta domína a quebrada Com tráficantes e usuários na bocáda no Dia seguinte o IML junto com à bárca 112 e 157 sete são os que não faltam Os artígos que comandam na caláda O movimento pelos bares aqui não para De segunda á sêxta ruas movimentadas Também famílias de luto não é coisa rára Infelízmente é assim a vida aqui na área A bandidagem não perdôa enfim méte bala E os zôme na miguêlagem então nem Se fala E quando menos se espéra chega a notícia Muitos caládos pra não serem mais uma Vítima Da brutálidade que aterrôriza causando Pânico total são muitos na mira deixando revoltados essa é minha íra Prá ser considerado aqui tem que ter atítude Não ser malandro demais Mano que não se Ilúde Porque senão a casa cai e não há quem ajude o crime Aqui fala mais alto parceiro Me escute 121 na caláda então nem se Discute Vou sem calíbre me dispôndo através da rima Com à mente consciênte que signifíca saber Viver com certêza amar à própria vida Favéla Beco e Viéla na quebrada é assim nada se espéra Favéla Beco e Viéla a sangue frio derrubam só pra ver a quéda Nessa quéda muitos inocêntes encontrados Violêntados até mesmo decáptados A crueldade toma conta ocupando espaços Que na hora da cobrança é o preço pago Com à própria vida maluco é derrubado Seja pelos bandidos ou pelos fárdados Queima de arquivo pra eles menos um alvo Na sequência os boátos sendo revelados Sobre fulâno de tal que foi assassinado É só vivêndo e convivêndo para ver os fatos Acontecer na favéla por todos os lados não Somente por TV e locução de rádio mas Realmente em nóssa frente apresentados Principalmente em favéla becos e viélas Dezandô na convérsa trúta já éra Fique espérto e atívo parceiro nas idéia Na realidade das ruas quando passar por Elas Porque malandro na verdade não deixa brécha Não dá mancáda muito menos pága De comédia Favéla Beco e Viéla na quebrada é assim nada se espéra Favéla Beco e Viéla a sangue frio derrubam só pra ver a quéda