Moreninha, esse meu laço Eu trancei quando guri Quatro tentos de fumaça Três mandingas com cachaça E um banho de juquiri Morena, morena A poucos dias Lá no passo do rincão Desatei meu quatro tentos Pra enlaçar um boi fujão Entrou mal, entrou mal De meia espalda E quando a trança espichou Se partiu bem pelo meio Pelo golpe que levou O meu laço era bem forte Nem sei como se partiu Tirãozinho de cambeta Muitas vez ele sentiu Mas talvez a mala suerte Hoje prendeu o tirão E fez o seio do laço Voltar de arrasto no chão Vinha descrente da trança Mas me topei com o assombro Quando te vi na cancela De trança negra no ombro Neste dia, vi que a trança mais forte não é a de couro E sim tu prensa de pelo, que costeou esse índio touro Morena, morena Hoje mais cedo Eu cruzei no teu ranchinho E tu estavas na cancela Com a trança de carinho Atirou, atirou Meio sem jeito Por supuesto, como deu E na outra ponta da trança Por buena suerte ia eu Cerrou de fundo de armada Parou de ponta por gosto Foi quando eu virei de volta Olhando melhor teu rosto Nem precisou fazer força Teu cinchador de mi ninhos Pois o lume dos teus olhos Já me fez tranquear, sozinho Agora eu fiquei pensando Que trança forte tu fez Que não tem de mala suerte Nem remalha de repente Essa tua trança de três