Será que o tempo pode contra nós... Será que temos direitos e princípios de dignidade O sol que nasce pode ser o seu Mas a lua pode ter um dono... O Latifúndio que forma ladrões e vitimas O monopólio que reage a liberdade explicita O exilado que mora na casa ao lado O submisso que preside todo estado Terceiro escalão, terceiro poder Terceiro comando viva o terceiro mundo Globalizado pela fome, globalizado pelo ódio do homem Vietnã de generais engravatados Que não escondem a ganância de querer o poder A vida dura dos sem Terra, dos sem Tetos, Sem afetos e Incluídos em manifestos E a reforma agrária e a vergonha na cara Transformaram a milícia em propaganda hilária Na W Brasil você não viu! O Olivetto em favelas do Rio? Mas pode perceber e pode acreditar Que tudo isso é um fracasso de nós mesmos Estamos fazendo filhos, pra chorarmos nos velórios E vendo a babilônia ocupar lugar no podium E quem decidirá fazer a CPI E quem decidirá fazer evoluir.. O fim do asfalto não começa no cimento Mas em morros, e favelas e lamentos E choros de mãe.... Abençoado o filho que não pega em armas (fardas) Aleluia pra quem só leva nas na-de-gas A injustiça de um pais que não tem dono (somos) Que só tem Corrupção e abandono (e como) Quem não percebe que a vida é singular (amar) Que chorar demais não da sem trabalhar (vai dar) Que prefere um sorriso á reclamar (chorar) Que cultua o bom dom de estudar (trampar) Que abandona o samba na treta no bar (sei lá) Que não deixa sua mãe desesperar (não dá) Pois na vida não serviu para roubar (nem dá) Que no gueto sabe sair e chegar (vem cá) O bom motivo de tentar acreditar (será) Que tudo isso! Essa porra acabará (dará) Um instrumento, um microfone pra cantar (rimar) E uma meta pra seguir e acreditar..(se pá) L.U.L.A. Latifúndios Urbanos, Liberdade Aprisionada