Balanço de cordas que vai e que vem, Quase sempre acaba derrubando alguém Balanço da vida firmeza não não tem E os sonhos são feitos de corda também Armei meu balanço talvez muito cedo, Balancei bem alto e não tive medo O tempo, na queda, contou-me um segredo: Que a felicidade é também de brinquedo Balanca, balança, criança contente, Que o tempo inclemente não poupa ninguém Contrário ao da infância jamais esquecida, Balanço da vida só vai e não vem! Os sonhos mais belos que um dia sonhei Comparo aos balanços de cordas que armei: Perdidos no tempo, bem longe deixei, Também o que é feito dos sonhos, não sei... Mamãe proibiu-me, na infância vivida, De fazer balanços prá evitar caída Mas ela se foi eu fiquei sem saída, E armei meus balanços nos galhos da vida! Balança, balança...