As bailanta atada deste meu Rio Grande O fole e o sangue vem ajoujaditos Trejeitos de taura vão riscando a sala De forma baguala mantendo o tranquito Segue o sarandeio entre a polvadeira Na raça campeira de fibra presente E as chinocas altivas vão entreveradas Até a madrugada na alma da gente (Surungo de campo, velho chão batido Um sonho curtido pela tradição Dê-lhe passa o mundo, dê-lhe passa o tempo Mas na voz do vento, tu não passas não) Quantas invernadas de ânsias manheiras Vem nas tinideiras balança o candeeiro O gaúcho sabe que a alma canta Quando sua estampa vem fazer luzeiro Para toda vida este chamamento É um mandamento no peito de um peão O baile gaúcho é a pura identidade De uma verdade em nosso coração