nestas paisagens de campo, final de tarde na estância embuçalo minhas ânsias na forma do coração e os trastes de estimação, oreando pó sobre a cerca aparando as folhas secas que vem dos galhos prá o chão. a cavalhada da estância, começa a engrossar o pêlo e um ventito faz sinuelo prá o rebanho da invernia, a noite apequena os dias a cada dia que passa e dos ranchos surgem fumaça com cheiro de nostalgia. o piqueteiro do posto, "cavalo do peão caseiro" tá sobrando nos arreios pelo estado que tem! sabendo o que lhe convém, relincha fazendo alarde, pra ganhar nos fins de tarde meia bolsa de azevém!!! os ponchos deixam as malas em busca de sol e vento com seus braseiros por dentro da baeta de lã grossa o que era amargo se adoça no lombo da cavalhada cobrindo o corpo da indiada onde o pampeiro faz moça. mas isso é só o começo, nos campos de trevo e palha inverno que é bom não falha em suacarga certeira mas nos galpões de fronteira se pula de madrugada prá ver o lençol da geada e matear frente a lareira.