Noite fria de são João
Eu sentado na calçada
Com o coração na mão
Noite fria de inverno
A cidade está um inferno, muita movimentação
Gente sobe, gente desce
Gente passa e nem me vê
Não entendem que eu também quero descer
Muitos fogos de artifício
E eu aqui, no sacrifício de viver na solidão
Não entendo essa gente
Que faz festa, de repente
Prum cara, chamado João
Eu também me chamo assim
Gente mais sem coração
Mas um dia eu vou morrer
E de mim vão se alembrar
E que sabe, até santo, eu vou virar
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