Lobos passeavam na estrada Ninguém seguia na contramão Na boca tinha um caramelo Estava na solidão Com batom escreveu no espelho Cheiro de folha no ar Motos voavam sem asas Sussurros para se deleitar Ligaram o som do carro Céu pintado em tons pastéis Janelas estavam abertas Ainda não era verão Copos vazios molhados Sapatos embutidos na cama Mentiras não desejáveis Heresia atada no vácuo Vozes soavam ao vento Talvez fosse uma revolução Trilhos de ferros seguiam Tinham pegadas na frente de um bar Livros caíram da estante Grite quando sentir dor Sorria em um alto-falante Brinde sempre o amor Cuidado com estranhas miragens Vista o que quiser O dia está calado É hora de relaxar O bolso ficou vazio Comeu pão na refeição A moringa era de barro Mijaram no banheiro da praça Não tinha lobisomem na rua Portas trancadas rangiam Milagres nos livros banidos Silêncio para despertar Olharam uma nave voando Mãos grafitavam paredes O planeta estava assustado Força na voz da mulher Palavras riscadas na areia Vieram sem dizer nada Queriam Paz, amor e desejos Desejavam a felicidade Os faróis foram testados Ligaram também o motor Pés calçados seguiram, viagem Seguiram cantando o Amor