Vejo os instantes que se passam E eu aqui, parada letárgica Com esse olho que não vê E essa mão esquecida, debaixo do queixo Aqui algo fundo, pergunta por você Aqui algo fundo, pergunta por você E a espera densa, angústia intensa Esperança, fogo é ave E volta menos que nada E uma sobra imensa do que não há Sinto que o instante, toda espera Não me leva à nada, nada, nada, nada, nada, não Apenas ardem como eu e você A gente já não passa de um instante