Vou até tua casa sem sua direção Vejo o seu rosto posto sob o chão Parece que nem queria me ver Mas nem uma palavra vinda de você E passo os meus lábios, desço a minha mão Eu giro o teu contorno Rolo pelo chão Depois vejo você dormindo mal Fecho os olhos pra não saber do final Eles rolam o que eles querem no ar Nas paredes expostas cabeças, luzes, radar Eu vim de longe pra não me sentir tão só Silêncio da noite, o mundo posto sob nós Na garganta Eu não consigo parar Eu não paro de rodar Eles querem o meu corpo pra servir o jantar Na varanda Com cobertura solar Eu não consigo parar Eles querem nosso sono pra poder nos viajar Eles poe na nossa mente que não dá mais pra ficar Que o fascismo vai vencer e não haverá lugar para amar Que só vou te ferir Que nada vai funcionar Que não somos fortes pra lutar Eles rolam o que eles querem no ar Nas paredes expostas cabeças, luzes, radar Eu vim de longe pra não me sentir tão só Silêncio da noite, o mundo posto sob nós Na garganta Eu não consigo falar Eu não paro de girar Eles querem o seu corpo pra servir o jantar Na varanda Com cobertura solar Eu não consigo parar Eles querem nosso sono pra poder nos controlar