No tempo passado, não quis os prazeres Dos beijos roubados nas noites sem dias De muitas carícias que tu me trazias Nos sonhos nublados sem tu mos dizeres Eu era tão jovem, mantinha os deveres E a testa benzia com água das pias De muitas igrejas que tu nunca vias Por não desfolhares os meus malmequeres O tempo passou e deixou-me abandono No rubro poente, sozinho sem dono E sem a certeza de dogmas mais sábios E que era o prazer dos teus beijos nos lábios Agora me afundo ao saber que não tenho Aquilo que, outrora, eu julgava ser lenho E sem a certeza de dogmas mais sábios E que era o prazer dos teus beijos nos lábios