E Aquele galpão de quincha, A Boceja no entardecer, B7 Com voz de graveto seco, Com ronco de mate bueno, Com cheiro de graxa fina, E Lambuzada nos aperos Aquele galpão de quincha, A Tem as contas dos rodeios, B7 Guarda a impressão dos olhares, Vermelhados de brasedo, Mira o feitiço do fogo, E E o seu fogo é feiticeiro A Emoldura a lua branca, E Pra o quarador dos potreiros, F#7 Janela de sol nascente, B7 Rumbiando ao amanhecer, A B7 Jeito de abraço amigo, E A quem muito se quer bem Há coisas de velho contando, Nas longas noites de inverno, Destes campeiros que falam, Como de avô pra um neto, E nos ensinam as volteadas, Do que é errado e o que é certo E Descaso de picumã, A Quando o verão é fornalha, B7 Troca de pouso tua gente Pra sombra de uma ramada, Mas ficas de pronto nas rondas, E Pros golpes da madrugada Mas tem uma coisa nele, A Que eu não sei explicar, B7 Pois ao guardar minha infância, Resguardou o meu lugar, Pôs sem querer sua saudade E No meu jeito de cantar
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