Na praia sob a luz do luar Irecê espera Andirá Seu chamado ecoa em vão Noite adentro na escuridão Vendo a canoa vazia na beira Relembra as palavras da feiticeira E um urro semelhante ao trovão Rompe o silêncio em tom de premonição Uma sombra gigante aparece Irecê de pavor estremece Corre e clama por salvação Batendo à porta do capitão Que apressado veste seu gibão Empunha a espada e segue na direção Da ameaça oriunda do mar Algo difícil de acreditar Frente a frente com a criatura De intimidadora estatura Brande sua espada e golpeia O ser que desaba na areia Vendo seu sangue a se derramar E onde estaria Andirá? Lendas carregadas pelo vento Relatos que sobrevivem ao tempo Visões além da compreensão Mitos, fontes de reflexão