Caminhas e ninguem te repara Uma luta não partilhada Fizeste do silêncio um novo tipo de grito Usaste a dor como trunfo aflito Não há solução que te resolva Se queres fechar os olhos, é contigo Fizemos tantas perguntas, sabemos Melhores respostas, não obtemos Coisas estão a acontecer Nada mais é devagar Não há roupa que nos sirva Nem revolução que nos chegue Não há sonho que viva Amor que sobreviva Demasiados canais nos temos E quanto a verdades fundamentais, Oremos Refrão : Mosquito com ombros onde vais? Tu com ombros pela fechadura não sais Mosquito com ombros se vais, sê Mas lembra-te que descalço ninguem te vê O processo tinha aquele momento Em que havia algo maior que vento Companheiro que caminhas atento Não foi essa alegria teu alento Não temas os dias que virão Mesmo que os saibas decor Não te atires perderemos Para saber se te apanham, lá estaremos Como o que te estás a tornar As árvores nascem pelo ar O amador rude e apaixonado É quem de nós está mais preparado Não te escondas na crença Só porque lhe temes presença Magia é sempre ilusão Liga a luz se te falta, visão. Querem de ti mais E chegando a hora vais O mundo adoece por falta de admiração Não por falta de maravilhas Sabendo que entendeste Chora agora o que perdeste Mas brindemos ao que não temos Que é agora, um pouco menos