Em suas mãos entrego minha dor E como um pecador aceito meu destino Eu me sinto um menino, um passarinho Que ficou preso dentro de seu próprio ninho E com a dor eu mesmo sinto o ardor Mesmo inocente preso, me sinto sozinho Lá fora homens sorrindo, homens sorrindo E aqui dentro o mesmo coração vazio Ei amor, eu sei que eu errei Sei que eu não mereço a vida de um rei Sei que minha cor me torna menos que sei E eu nem sei nem mesmo onde eu pequei Ei amor, por meio dessa carta Pra te mostrar que em meio a minhas asas fracas Recito minhas poesias em celas trancadas E minha sentença sendo escrita em outra sala Os dias aqui passam devagar Nem mesmo consigo ver a luz do luar Eu me pego a vagar, sempre a vagar Nos pensamentos e no meu breve sonhar Me olham feio como se fosse assassino Me tratam mal e nem me deixam aqui sonhar Nem sei orar, como orar? Mas tenho medo de morrer nesse lugar Ei amor, eu sei que eu errei Sei que eu não mereço a vida de um rei Sei que minha cor me torna menos que sei E eu nem sei nem mesmo onde eu pequei Ei amor, por meio dessa carta Pra te mostrar que em meio a minhas asas fracas Recito minhas poesias em celas trancadas E minha sentença sendo escrita em outra sala Ainda sinto seu olhar, minha grande sorte A pobrezinha acabou encontrando a morte Seu corpo vários cortes, vários cortes E o culpado desapareceu na noite Acho que agora eles já se decidiram Que Deus perdoe os pecados dos meninos E eu agora pra sempre irei sonhar E o meu pecado foi o corpo encontrar Ei amor, eu sei que eu errei Sei que eu não mereço a vida de um rei Sei que minha cor me torna menos do que sei E eu nem sei nem mesmo onde eu pequei Ei amor, por meio dessa carta Pra te mostrar que em meio a asas fracas Recito minhas poesias em celas trancadas E minha sentença sendo escrita em outra sala