Como se o mar se exprimisse Fui à janela e disse, Disse ao mar de tempestade, Disse ao mar de calmaria, Ao horizonte sem fim, Disse a palavra alegria A este mar que há em mim. Como se fosse infinito, Disse, à janela, um grito, Disse ao mar toda a verdade, Feita de ondas e espuma, De ventos, sal e areias: "Não és mar, coisa nenhuma, Senão mar nas minhas veias". O mar que já sei de cor Parece à noite maior, Um grande mar de saudade Onde este vento que solta O mar e a caravela Traz a alegria de volta Ao mar da minha janela. O mar que já sei de cor Parece à noite maior, Um grande mar de saudade Onde este vento que solta O mar e a caravela Traz a alegria de volta Ao mar da minha janela.