A triste seca já rodou
E a asa branca agorou e já bateu a asa,
Plantação de fruta no oitão de casa,
O chão em brasa e a triste seca já rodou (2x)
O arco-iris, sopre o vento colorido
Que o verde do teu vestido,
Se espalhe na plantação.
Que o amarelo seja puro e adoçicado,
E que a brancura seja a cor da afloração.
E que o vermelho sejam flores parecidas,
Com os beiçinhos das lusiadas,
Cabloquinhas do sertão.
Que não se veja,
Um sertanejo se ajoelhando,
Pedindo chuva, perante Cristos sonolentos.
Que não se veja um solo rachado e sedendo,
E sem sustento, as vezes se ajoelhando.
Que não se veja bararuna jejuando,
Chorando folha numa paisagem cinzenta.
Que não se veja fila de latas sedentas,
Salário d'água matando a sede, matando.
O arco-iris, sopre o vento colorido
Que a fita do teu vestido,
Faça uma festa de cor.
Eu quero ver resina de catingueira,
Ser o chiclete na boca do meu amor.
E que a sanfona toque o xote na colheita,
Pra dança das borboletas, enfeitadeiras de flor 2x)
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