De noite o vazio da rua que vem logo a seguir
Eu nunca me encontro caminhando por aí
A luz florescente do poste que quer me iluminar
Eu queria ser um vaga-lume pra poder brilhar
Se um dia as árvores parassem de balançar
Eu seria um redemoinho pro vento soprar

E tão longe vemos o dia nascer
Curando as feridas de um outro alvorecer

A chave na porta que nunca vai se abrir
São lembranças de um mundo que eu tenho a descobrir
Da retina de todos os cegos que nunca vão fumar
Eu queria enxergar as verdades por trás de um olhar
Das crianças que se drogam só pra se adulterar
Eu seria um balanço só pra você brincar

E tão longe vemos o dia nascer
Curando as feridas de um outro alvorecer