Me emocionei com as lembranças olhando um retrato antigo Aquele que estava na imagem mostrava-me o rosto de amigo O tempo se esvai bem depressa, o que acontece comigo É quando a tormenta nos faz então procurar por abrigo Em breves momentos agora, a foto me fez recordar Aqueles mourões de madeira que um dia ajudei a tirar Será que a madeira fincada ainda pôde suportar Pelo desgaste que a terra, à ela fez acarretar Voltei lá na curva da estrada, em busca do esticador Vestígio da última cerca, início lá do corredor Eu encontrei a saudade, que me feriu sem rancor Ao ver o mourão solitário, chorei meu profundo amargor A sombra frondosa da mata, refúgio que me acolheu O tronco gigante de um cedro, meu corpo foi quem socorreu Lembrando o amigo saudoso, que um día aquí como eu Esteve no seio da mata, mas infelizmente morreu